sábado, 30 de abril de 2011

O homem moderno depende da energia elétrica e do combustível fóssil como o homem do século XIX dependia do cavalo e o homem primitivo dependia de seus próprios braços. A energia elétrica é produzida atualmente no mundo pela queima de petróleo (43%), de carvão e outros combustíveis sólidos (31%), de gás natural (21%), e reação nuclear e queda d'água (5%). No Brasil, atualmente, ao contrário do que acontece na maioria dos outros países do mundo, a maior fonte de energia são as hidrelétricas. O consumo de energia proveniente dessa fonte cresceu muito nas últimas décadas, com a construção de usinas gigantescas como a de Itaipu e Tucuruí.
Para implantação das hidrelétricas, muitas vezes é necessário construir-se barragens, canais fluviais e outros recursos da engenharia hidráulica, que intensificam problemas ambientais como a destruição de matas galerias, desmoronamento das margens do rio, assoreamento do leito, poluição das águas etc. Na construção da Hidrelétrica de Tucuruí, por exemplo, o fechamento das comportas de sua barragem formou um imenso lago de 2430 km2, cobrindo a floresta, que entrou em processo de putrefação. Nesse processo é consumido o oxigênio dissolvido na água e ocorre a produção de gás sulfídrenergia, desenvolvimento e Problemas Ambientaisico, que é tóxico para os peixes e outros organismos vivos. No entanto, as fontes não renováveis de energia estão se esgotando e sua exploração excessiva está gerando desequilíbrios ambientais muito graves.
A formação dos combustíveis fósseis deveu-se a processos que ocorreram na natureza em condições muito particulares num certo período da história da Terra que dificilmente voltariam a se repetir. Assim, esgotadas as reservas naturais, não há como regenerá-las. A busca de combustíveis alternativos é uma preocupação e necessidade do mundo atual. Os danos ambientais causados pela queima dos combustíveis são uns sérios problemas hoje em dia. Ocorre, nesse processo, a formação de gás carbônico (CO2), de monóxido de carbono (CO), de fuligem (carvão) e ainda uma parte do combustível evapora para a atmosfera. Emissão de gás carbônico e aumento da temperatura da Terra. O excesso de gás carbônico na atmosfera está causando o agravamento do "efeito estufa", isto é, o aquecimento anormal do planeta. Uma elevação de dois ou três graus Celsius na temperatura média do nosso planeta não parece, à primeira vista, causar graves conseqüências.
Mas, na verdade, os efeitos desse pequeno aquecimento podem ser catastróficos em alguns lugares do mundo. Muitos tipos de vegetação não suportariam esse aumento de temperatura e os períodos de chuva seriam alterados. Porém, efeitos de maiores proporções poderiam ser esperados como resultado do derretimento das geleiras que podem levar a submersão de várias cidades costeiras. O monóxido de carbono que pode se formar na combustão também é muito danoso à vida. Não só ao homem, como às plantas. O monóxido de carbono causa dores de cabeça, perda de visão, e se sua concentração for alta, pode levar à morte. Também, muitos tipos de petróleo contêm compostos de enxofre como impurezas, que reagem com oxigênio do ar, formando dióxido de enxofre (SO2). Assim, as chuvas em regiões de altas concentrações de SO2, tornam-se mais ácidas, causando a corrosão de metais, o desgaste de monumentos de mármore, de construções, e aumentando a acidez das águas doces, podendo causar a morte de espécies da vida aquática. O dióxido de enxofre pode causar ainda, problemas respiratórios. É também tóxico às plantas, inibindo a fotossíntese e causando, quando presente em altas quantidades, a destruição de folhas.
O acidente no reator de Chernobyl (ex-URSS) contaminou radioativamente uma área de aproximadamente 150.000 km² (corresponde mais de três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro), sendo que 4.300 km² possuem accesso interditado indefinidamente. Até 180 quilômetros distantes do reator situam-se áreas com uma contaminação de mais de 1,5 milhões de Becquerel por km², o que as deixa inabitáveis por milhares de anos.
A produção de gases de estufa de uma usina núclear comum está de 3 a 6 vezes maior comparada com a energia hídrica e éolica, considerando o processo todo necessário para operá-la. (A produção de gases de estufa de uma usina de carvão tem um fator de 80.)

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