sábado, 30 de abril de 2011

Por um Brasil 100% mais Limpo!




Não há grande mistério em dar início à caminhada para limpar de uma vez por todas a geração de energia do país. O que falta é visão de futuro e vontade política para abandonar modelos de desenvolvimento ultrapassados.

Imagine um Brasil que cresça movido a energias que provocam o menor impacto ambiental possível e promovem o desenvolvimento de tecnologia e empregos verdes. Agora, imagine que, por conta disso, o mundo ficaria um pouco mais distante do risco das mudanças climáticas. Não precisa imaginar. Todo esse cenário é passível de virar realidade nas próximas décadas. Mas para isso é preciso que um primeiro passo seja dado imediatamente.

O que os impede é um certo receio de abraçar o novo, de deixar de lado modelos de desenvolvimento defasados, de longa data, e investir em fontes limpas e renováveis de energia – sobretudo no Sol, nos ventos e na biomassa, coisa que por sinal o Brasil tem de sobra. 


Quando Dilma e Serra se recusaram a assinar o pedido para que se comprometessem com a aprovação da Lei de Renováveis, fundamental para dirigir investimentos para novas fontes limpas de geração, admitiram que qualquer dos dois que assuma a Presidência o fará com os olhos voltados para o passado. O modelo energético que ambos têm em mente inclui grandes hidrelétricas na Amazônia – que carregam um pacote de impactos socioambientais de mesmo vulto – térmicas baseadas em combustíveis fósseis e a geração nuclear.
Potencial de sobra
Atualmente, a matriz nacional é 80% limpa, baseada sobretudo na geração hidrelétrica. O índice frequentemente é usado por representantes brasileiros no exterior para exemplificar um Brasil preocupado com o ambiente. Mas ele era bem maior há cerca de uma década, 92%. Nos últimos anos, a participação de térmicas a óleo tem sujado a matriz e a imagem do país, e encarecido a energia para os brasileiros. Entre 1994 e 2007, a emissão de gás carbônico na geração de energia elétrica cresceu 30% acima da oferta de luz, segundo dados do Ministério de Meio Ambiente.
Mas é absolutamente possível sonhar com uma matriz energética 100% limpa no fim desse século. O Greenpeace tem estudos que comprovam que até 2050, é absolutamente factível construir uma matriz energética 92% renovável, com uma gama maior de fontes como eólica, biomassa, solar e pequenas centrais hidroelétricas. Isso dadas as perspectivas mais otimistas de crescimento do país, com três vezes mais consumo e geração de energia, cortes de emissões de gases de efeito estufa e economia de bilhões de reais.
Potencial, o país tem – e como. Poucas nações podem se gabar de serem tão ricos em recursos renováveis. Elas variam em termos de desenvolvimento técnico e competitividade econômica, mas há um leque de opções cada vez mais atrativas que, se exploradas dentro de critérios sustentáveis e salvaguardas socioambientais, geram energia com baixo impacto ambiental e produção de gases de efeito estufa.
Algumas dessas tecnologias já são competitivas e podem se tornar ainda mais com investimentos em pesquisa e desenvolvimento e ganhos de produção em escala. Falta, portanto, vontade política de direcionar recursos e esforços para esse campo.
É preciso repassar subsídios hoje destinados a fontes convencionais e combustíveis fósseis poluentes – que se esgotarão no futuro – para as renováveis, além de fornecer um arcabouço legal para o investimento nessa área. O projeto de lei 630/2003, há seis anos em trâmite no Congresso, prevê a criação de um fundo para fomentar o desenvolvimento das energias alternativas, entre outros incentivos no uso dessas fontes.
Contudo, ele está na fila de votação do plenário da Câmara dos Deputados há quase um ano, por pressão do DEM, partido do vice de Serra, Índio da Costa, e do lobby do carvão. O vice de Dilma, por sua vez, Michel Temer (PMDB), recebeu em abril como presidente da Câmara um manifesto de 44 entidades, entre elas o Greenpeace, pedindo a votação do PL.
Desconhecimento do assunto, portanto, não justifica a atitude dos presidenciáveis. Aliás, nada justifica. Investir em uma matriz renovável diversificada, inclusive com medidas para aumentar a eficiência, ajudaria o Brasil a reduzir suas emissões de gases-estufa e colocaria o país na vanguarda, com um modelo energético verdadeiramente limpo.
Greenpeace. 22 Outubro de 2010.

10 MOTIVOS PARA DIZER NÃO À ENERGIA NUCLEAR.


 É desnecessária: o Brasil tem sol, água e vento suficientes para gerar energia para crescer de maneira realmente renovável. Nosso país é um dos lugares com maior potencial de se tornar 100% limpo com energia segura e renovável. Basta vontade política.



Mata: em caso de acidente em usinas a radiação contamina o ar, causa graves danos à saúde e torna regiões inteiras inabitáveis. Chernobyl (na ex-União Soviética), Three Miles Islands (EUA) e Fukushima (Japão) são alguns exemplos. Na foto: Equipe do Greenpeace voltou a Chernobyl 25 anos depois do acidente e revela que o local permanece contaminado.

É suja: não há descarte seguro para o lixo radioativo, que se manterá perigoso por milhares de anos. Na foto: Crianças dormem em um abrigo para refugiados da radiação. O traço de contaminação pode impedir que milhares voltem para suas casas.

É perigosa: problemas ocorrem em toda a cadeia: da mineração, altamente poluente e que deixa rastros no solo e na água, como ocorre na cidade de Caetité (BA), passando pelo funcionamento das usinas, até a disposição do lixo. Na foto: Equipe do Greenpeace encontra radiação em alimentos de hortas caseiras em cidades próximas à Fukushima, mas fora da zona de evacuação. População não sabia da contaminação.


É cara: o custo de Angra 3, investido em eficiência energética, significaria uma economia de até 10 vezes o valor da obra. Se convertido em parques eólicos, o mesmo investimento geraria muito mais energia. Na foto: O Greenpeace no Brasil pede pelo fim do programa nuclear do país, a começar pela suspensão da obra da usina de Angra III.

Emprega menos: as indústrias renováveis geram muito mais empregos do que a nuclear. Nos próximos 40 anos, mais de 3 milhões de postos de trabalho podem ser criados com a energia limpa. Na foto: A maior parte dos empregos verdes são qualificados, com desenvolvimento e produção de equipamentos de ponta.


É estigmatizada: como resultado do acidente em Fukushima, diversos países estão revendo seus programas nucleares, entre eles Alemanha, Itália, Suíça, China e Índia. Na foto: Ativistas fazem vigília na África do Sul para pedir o fim da energia nuclear no mundo.


Carece de transparência: só o Brasil, Irã, Paquistão e Coréia do Norte confiam ao mesmo órgão a tarefa de incentivar, por um lado, e fiscalizar, por outro, as atividades nucleares. Na foto: No aniversário de um mês do desastre de Fukushima, Greenpeace pede pelo aumento da zona de evacuação e demanda informações mais seguras à população. Na foto, especialistas dão entrevista à imprensa. 


É mal administrada: no Brasil, a incompetência da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) resultou no acidente com o césio-137 em Goiânia. Na foto: O acidente com o elemento césio-137, vazado de uma placa de raio-x depositada em um lixão, matou mais de 60 pessoas e causou danos à saúde de milhares.



Emite gases de efeito estufa: o ciclo total da indústria nuclear produz mais emissões do que fontes limpas e seguras de energia, como eólica, solar e biomassa. Na foto: Em protesto realizado em Brasília, Greenpeace pede mais incentivos para as energias limpas no país.



O homem moderno depende da energia elétrica e do combustível fóssil como o homem do século XIX dependia do cavalo e o homem primitivo dependia de seus próprios braços. A energia elétrica é produzida atualmente no mundo pela queima de petróleo (43%), de carvão e outros combustíveis sólidos (31%), de gás natural (21%), e reação nuclear e queda d'água (5%). No Brasil, atualmente, ao contrário do que acontece na maioria dos outros países do mundo, a maior fonte de energia são as hidrelétricas. O consumo de energia proveniente dessa fonte cresceu muito nas últimas décadas, com a construção de usinas gigantescas como a de Itaipu e Tucuruí.
Para implantação das hidrelétricas, muitas vezes é necessário construir-se barragens, canais fluviais e outros recursos da engenharia hidráulica, que intensificam problemas ambientais como a destruição de matas galerias, desmoronamento das margens do rio, assoreamento do leito, poluição das águas etc. Na construção da Hidrelétrica de Tucuruí, por exemplo, o fechamento das comportas de sua barragem formou um imenso lago de 2430 km2, cobrindo a floresta, que entrou em processo de putrefação. Nesse processo é consumido o oxigênio dissolvido na água e ocorre a produção de gás sulfídrenergia, desenvolvimento e Problemas Ambientaisico, que é tóxico para os peixes e outros organismos vivos. No entanto, as fontes não renováveis de energia estão se esgotando e sua exploração excessiva está gerando desequilíbrios ambientais muito graves.
A formação dos combustíveis fósseis deveu-se a processos que ocorreram na natureza em condições muito particulares num certo período da história da Terra que dificilmente voltariam a se repetir. Assim, esgotadas as reservas naturais, não há como regenerá-las. A busca de combustíveis alternativos é uma preocupação e necessidade do mundo atual. Os danos ambientais causados pela queima dos combustíveis são uns sérios problemas hoje em dia. Ocorre, nesse processo, a formação de gás carbônico (CO2), de monóxido de carbono (CO), de fuligem (carvão) e ainda uma parte do combustível evapora para a atmosfera. Emissão de gás carbônico e aumento da temperatura da Terra. O excesso de gás carbônico na atmosfera está causando o agravamento do "efeito estufa", isto é, o aquecimento anormal do planeta. Uma elevação de dois ou três graus Celsius na temperatura média do nosso planeta não parece, à primeira vista, causar graves conseqüências.
Mas, na verdade, os efeitos desse pequeno aquecimento podem ser catastróficos em alguns lugares do mundo. Muitos tipos de vegetação não suportariam esse aumento de temperatura e os períodos de chuva seriam alterados. Porém, efeitos de maiores proporções poderiam ser esperados como resultado do derretimento das geleiras que podem levar a submersão de várias cidades costeiras. O monóxido de carbono que pode se formar na combustão também é muito danoso à vida. Não só ao homem, como às plantas. O monóxido de carbono causa dores de cabeça, perda de visão, e se sua concentração for alta, pode levar à morte. Também, muitos tipos de petróleo contêm compostos de enxofre como impurezas, que reagem com oxigênio do ar, formando dióxido de enxofre (SO2). Assim, as chuvas em regiões de altas concentrações de SO2, tornam-se mais ácidas, causando a corrosão de metais, o desgaste de monumentos de mármore, de construções, e aumentando a acidez das águas doces, podendo causar a morte de espécies da vida aquática. O dióxido de enxofre pode causar ainda, problemas respiratórios. É também tóxico às plantas, inibindo a fotossíntese e causando, quando presente em altas quantidades, a destruição de folhas.
O acidente no reator de Chernobyl (ex-URSS) contaminou radioativamente uma área de aproximadamente 150.000 km² (corresponde mais de três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro), sendo que 4.300 km² possuem accesso interditado indefinidamente. Até 180 quilômetros distantes do reator situam-se áreas com uma contaminação de mais de 1,5 milhões de Becquerel por km², o que as deixa inabitáveis por milhares de anos.
A produção de gases de estufa de uma usina núclear comum está de 3 a 6 vezes maior comparada com a energia hídrica e éolica, considerando o processo todo necessário para operá-la. (A produção de gases de estufa de uma usina de carvão tem um fator de 80.)
Proinfa incentiva fontes alternativas de energia
O consumo crescente e o impacto ambiental e social causados pelas fontes de energias tradicionais levam governo e sociedade a pensar em novas alternativas para geração de energia elétrica. Segundo dados do Balanço Energético Nacional, mais de 40% da matriz energética do Brasil é renovável, enquanto a média mundial não chega a 14%. No entanto, 90% da energia elétrica do país é gerada em grandes usinas hidrelétricas, o que provoca grande impacto ambiental, tais como o alagamento dessas áreas e a conseqüente perda da biodiversidade local. Os problemas sociais não são menores com a remoção de famílias das áreas. Quase um milhão de pessoas já foram expulsas de suas terras.
Diante desse cenário, as fontes alternativas de energia como eólica, solar e biomassa são vistas com bons olhos. Além de causarem impactos substancialmente menores, ainda evitam a emissão de toneladas de gás carbônico na atmosfera. O debate sobre os impactos causados pela dependência de combustíveis fósseis contribui para o interesse mundial por soluções sustentáveis por meio da geração de energia oriunda de fontes limpas e renováveis.
Para incentivar a utilização de fontes alternativas de energia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, em março deste ano, a Lei 10762 de 11 de novembro de 2003, que criou o Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, o Proinfa. O objetivo principal do Programa é financiar, com suporte do BNDES, projetos de geração de energias a partir dos ventos (eólica), pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e bagaço da cana, casca de arroz, cavaco de madeira e biogás de lixo (biomassa).
Informações disponibilizadas pelo Ministério de Minas e Energia indicam que o desenvolvimento dessas fontes inicia uma nova etapa no país. A iniciativa de caráter estrutural vai promover ganhos de escala, aprendizagem tecnológica, competitividade industrial e, sobretudo, “a identificação e a apropriação dos benefícios técnicos, ambientais e socioeconômicos na definição da competitividade econômico-energética de projetos de geração de fontes alternativas”.

Diversificação da matriz energética

Além de ser visto como um importante instrumento para a diversificação da matriz energética do país, o Proinfa quer garantir maior confiabilidade e segurança ao abastecimento, principalmente após a crise do setor e o racionamento de 2001. A proposta governamental, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia assegura a participação de um maior número de estados no Programa, incentivando a indústria nacional.
Uma das exigências da legislação é a obrigatoriedade de um índice mínimo de nacionalização de 60% do custo total de construção dos projetos. Permite também maior inserção do pequeno produtor de energia elétrica, diversificando o número de agentes do setor.
Os critérios de regionalização estabelecem um limite de contratação por estado de 20% da potência total destinada às fontes eólica e biomassa e 15% para as PCHs. Caso não venha a ser contratada a totalidade dos 1.100 MW destinados a cada tecnologia, o potencial não contratado será distribuído entre os estados.
A contratação inicial é para geração de 3.300 MW de energia, sendo 1.100 MW de cada fonte, com previsão de investimentos na ordem de R$ 8,6 bilhões. A linha de crédito, através do BNDES, prevê financiamento de até 70% do investimento. Os investidores privados terão que garantir 30% do projeto com capital próprio. A Eletrobras, no contrato de compra de energia de longo prazo, assegurará ao empreendedor uma receita mínima de 70% da energia contratada durante o período de financiamento e proteção integral quanto aos riscos de exposição do mercado de curto prazo.

Apesar de alternativa, a energia solar não está contemplada no programa. Isto porque a energia solar é aplicada a sistemas de pequeno porte, em comunidades isoladas, e o Proinfa é destinado a tecnologias mais amadurecidas, com possibilidade de manter unidades de maior porte, o que não é o caso da energia solar. Além disso, o programa é destinado às fontes que podem ser integradas ao SIN (Sistema Interligado Nacional).

O SIN é o principal sistema de produção e transmissão de energia elétrica do país. É formado por empresas da região, Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico mostram que apenas 3,4% da capacidade de produção de eletricidade do Brasil está fora do SIN, em pequenos sistemas isolados.

Limites e repotenciação
Para Rodrigo Agostinho, conselheiro do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) os recursos destinados ao Proinfa ainda são muito reduzidos, em relação ao que se investe em geração de energia através de hidrelétricas e termelétricas, fontes de grandes impactos ambientais. Para ele os limites do programa devem ser mais bem definidos, principalmente tratando-se de pequenas centrais hidrelétricas, que também geram impactos apesar de ser em pequenas áreas.
Para o ambientalista, o Ministério de Minas e Energia deveria priorizar a repotenciação das atuais usinas hidrelétricas, o que poderia aumentar a capacidade de geração de energia em 40%, no entanto, não é isso que ocorre. Segundo ele, o Ministério prefere construir novas hidrelétricas, gerando novos impactos porque envolve grandes empreendedores, quando poderia otimizar o potencial das usinas existentes. “Porto Primavera, por exemplo, tem capacidade para colocar 18 turbinas, mas só tem 10 em funcionamento. Itaipu, também não tem toda a sua capacidade instalada”, garante.
Acredita que o incentivo às fontes alternativas não deveria ser um programa a parte, mas uma prioridade em geração de energia elétrica. Para Agostinho o país não comporta mais geração de energia proveniente de hidrelétricas, que é cara, implica na utilização de tecnologias complexas, além de financiamentos específicos e de alto valor.
O potencial de energia eólica no Brasil, de acordo com o conselheiro do Conama, é duas vezes maior que o de hidrelétricas e equivale a 143GW, e em biomassa o país joga fora 3GW. Lembra que o país já domina a tecnologia de várias fontes alternativas de energia e poderia investir pesado no setor. “A biomassa o país conhece por causa do Proalcool. Também temos conhecimento na área de grandes hidrelétricas, o que facilita os projetos de pequenas centrais, as PCHs, e estamos avançando em tecnologia eólica com duas fábricas já instaladas”, observa.

Avaliar impacto
“Não existe geração de energia sem impacto ambiental. Esse impacto só será reduzido, se diminuirmos o consumo”, ressalta o pesquisador da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, Gilberto Januzzi. Exatamente por isto, considera necessário avaliar os impactos para escolher melhor as fontes alternativas.
Segundo Januzzi, o Brasil tem boas perspectivas na geração de energias alternativas. O país tem potencial e tecnologia suficientes, principalmente no setor de biomassa que se iniciou com o setor agrícola, e atualmente tem preços competitivos que permitem até a exportação do produto. Com relação às PCHs, confirma os impactos, mas observa que a descentralização da geração de energia tem suas vantagens. “As pequenas centrais têm um potencial razoável e com perdas de transmissão bem menores”, argumenta.
A criação recente do Proinfa, na visão do pesquisador, é um progresso na política energética nacional, pois essas fontes não conseguem entrar espontaneamente no mercado. Critica, porém, a ausência de contrapartida no investimento em tecnologia e pesquisa para as fontes alternativas, o que poderá comprometer a sustentabilidade do programa.
Um exemplo é o CT-Energ, um fundo setorial que precisa de investimento continuado. O CT-Energ foi criado para apoiar a pesquisa de novas alternativas de geração de energia, além da formação de recursos humanos na área e capacitação tecnológica nacional. Lembra ainda que países como Alemanha, Espanha, Dinamarca e Noruega já têm o setor de energia alternativa consolidado, justamente porque investem em tecnologia.

Projeções
Apesar da grande aceitação e benefícios que o programa prevê, a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia informa que não há projeções futuras para o Proinfa. O próximo programa deverá ser contemplado pelo novo modelo energético.

O número de empresas que se apresentaram para participar do programa foi maior que o esperado pelo governo. Foram apresentados projetos envolvendo geração de 6,6 mil MW, o dobro de energia solicitado pela Eletrobras (3.300 MW). Aqueles que tiverem licença ambiental antiga vão ter prioridade. Os empreendimentos devem entrar em funcionamento a partir de dezembro de 2006. No período atual a Eletrobras está assinando os contratos com as empresas.

A produção de 3,3 mil MW a partir de fontes alternativas renováveis dobrará a participação na matriz de energia elétrica brasileira das fontes eólica, biomassa e PCH, que atualmente respondem por 3,1% do total produzido e, em 2006, podem chegar a 6%.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Energia x Meio Ambiente (Impactos causados pela hidrelétricas e termoelétricas)

ENERGIA ELÉTRICA E MEIO AMBIENTE: 
            Para ser gerada a energia elétrica passa por processos que atingem fatalmente o meio ambiente. Com o aumento desmedido do seu consumo e a manutenção de sua forma tradicional de obtenção, cria-se sérios riscos  para vida em nosso planeta.
             Existem várias fontes para obtenção da energia elétrica. Podemos citar entre elas: o sol, o vento, as águas, a geotermia, as marés, as correntes marinhas, a nuclear, a lenha, o bagaço da cana, o carvão, o gás natural, óleo diesel e outros.
            Muitas dessas fontes são renováveis e causam poucos impactos ao meio ambiente, outras, ao contrário, são muito impactantes, assim como as linhas de transmissão, que ocupam faixas contínuas de terras e desfiguram as paisagens.
           No Brasil, a eletricidade é predominantemente hidráulica, mas é gerada também em termoelétricas que utilizam carvão mineral, óleo combustível e fissão nuclear.
            Os impactos causados pela energia elétrica, quase não são percebidos, pois as transformações ambientais ocorrem antes que a energia chegue até nós.
IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS POR USINAS HIDRELÉTRICAS
  •    Alteração nos recursos hídricos
  •   Interferência no clima local
  •  Indução de sismos
  •  Interferência nos solos e recursos minerais
  •  Interferência na qualidade das águas
  •  Interferência na vegetação
  •  Interferência na fauna aquática
  •  Interferência na fauna terrestre e aérea
  •  Interferência nas populações: mudanças de cidades, benfeitorias, empresas
  •  Interferência nos aspectos rurais
  •  Interferência na economia
  •  Interferência na saúde pública, saneamento, habitação, educação, infra-estrutura
  •  Interferência nas comunidades indígenas, grupos étnicos
  •  Interferência no patrimônio cultural.
IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS POR USINAS TERMOELÉTRICAS
  •  Emissões aéreas de material particularizado: problemas respiratórios, interferência na fauna e flora, cheiro irritante, efeito estético ruim
  •  Emissão de óxidos de enxofre: problemas respiratórios, pulmonares, interferência na fauna e flora, acidificação de chuvas
  •  Emissão de dióxido de carbono: contribuição para o efeito estufa
  •  Emissão de óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos e monóxido de carbono: chuvas ácidas
  • Percorrido das águas das chuvas nas áreas de estocagem: contaminação do lençol freático, dos cursos de água, elevação do ph, metais pesados, sólidos dissolvidos
  • Sistemas de resfriamento da águas:  interferência na fauna e flora aquáticas
  • Sistema de remoção das cinzas pesadas
  •  Resíduos sólidos do processo: minas e usinas
  •  Pirita


sábado, 16 de abril de 2011

Para início de conversa...

Existe várias formas para produzir energia, a maioria delas causa um impacto negativo ao meu ambiente. A energia é produzida por meio da construção de hidroelétricas e centrais nucleares ou da utilização de combustíveis fósseis em usinas térmicas, são soluções caras e prejudiciais ao meio ambiente. As principais formas de produção de energia são: hidráulica, nuclear, eólica, solar e geotérmica.